16 junho, 2006

Inventário Religioso 1879, 1911 e 1925


Parece que no Século XIX a Junta de Freguesia possuía uma preocupação com o Património da Igreja de Pendilhe a ponto de criar um livro somente para esta finalidade.
Contribuindo para a sugestão lançada pelo blog Paróquia de Pendilhe ficam aqui publicadas três actas que o Marcos Mendes descobriu e transcreveu, referentes aos inventários realizados entre 1879 a 1925.

Links:
Inventário da Igreja de Nossa Senhora da Sempsão de Pendilhe, 1879
Inventário da Egreja de Nossa Senhora d’Assumpção da Freguesia de Pendilhe, 1911
Auto de Revisão do Inventário, 1925

01 maio, 2006

Comcelho de Pemdilhe

“No dito lugar e comcelho de Pemdilhe viuem... 32.
Este comcelho não tem outro lugar ou quymtam somente o dito lugar o quall tem de termo huma legoa em comprydo e outra em larguo parte e comfromta com ho lugar de sam Joanjno que he do mosteyro da Irmida e com ho comcelho da Varzea da Serra e com ho comcelho de Vylla Coua Acoelheyra e com ho comcelho de moins”.

GAMA, Manuel Fonseca da. Terras do Alto Paiva,Memória histórico-geografica e etnográfica do concelho de Vila Nova de Paiva, Tip. Voz de Lamego, L.da. Lamego, 1940.

Pendilhe foi vila e sede de concelho até 1834, altura em que passou a ser integrada no concelho de Fráguas, até 7 de Setembro de 1895, passando depois para o concelho de Castro Daire, até 13 de Janeiro de 1898, sendo, a partir de então, integrada no concelho de Vila Nova de Paiva, do qual faz parte actualmente.

Uma "Vila" Rural dos Cavaleiros de Avoenga

As inquirições dos meados do século XIII revelam que a “vila” rural de Pendilhe (então, Pendili) era, nessa altura, de cavaleiros-fidalgos por património e avoenga. Não se diz quem seria, então, o seu possuidor, nem o nobre que primeiro fora senhor dela, contudo, não restarão grandes dúvidas que, na primeira metade do século XII, houvesse sido o célebre Egas Moniz, devido ao facto de o lugar estar situado em território lamecense, do qual fora tenente. Outra razão, prende-se com o facto de tal território estar circundado de terras que foram da sua pertença e de seus descendentes. A coroa não possuía aqui foro algum, o que despertou a natural curiosidade dos inquiridores, levando-os a questionar se a “vila” era couto, sendo respondido que não, mas que nunca aí se vira dar à coroa qualquer foro, tal como revela o excerto do “julgado a que respondem” os habitantes, de 1258:
“Joanes Martini de Pendili... dixit quod de villa de Pendili, que est militum ex avolenga et patrimonio, nullum forum faciunt Regi. Interrogatus si est cautus, dixit non. Interrogatus quomodo non faciunt forum Regi, dixit quod non vidit unquam facere Regi forum. Interrogatus cui judicatui respondent, dixit quod habent judicem per se, sed non per Regem”.
A “vila” de Pendilhe é, deste modo apresentada com uma certa independência relativamente à Coroa, até na administração da própria justiça, sendo o Juíz da terra posto e escolhido pelos próprios moradores (“... habent judicem per se, sed non per regem”).
Texto: Marcos Mendes

GAMA, Manuel Fonseca da. Terras do Alto Paiva,Memória histórico-geografica e etnográfica do concelho de Vila Nova de Paiva, Tip. Voz de Lamego, L.da. Lamego, 1940.

Remédios da Avó


VISTA CONTISPADA (REMELENTA).

Basta fazer um chá preto (sem açucar) e lavar a vista com ele.

Lenda da Monstruosa Mentira

Já tinha divulgado esta lenda há tempos na mailing-list de Pendilhe. Porém ,sempre é bom recordar.
Para ler a lenda click no Explorador abaixo.

30 abril, 2006

O Nome Pendilhe.

Bandeira
Existem diversas hipóteses. Segundo o Cónego Manuel Fonseca da Gama a palavra rima com penedia (penedo). Pode-se atribuir ao radical pen de Pendilhe o significado de penha ou penhasco.
O mesmo autor em consulta ao Dr. Joseph Piel cita o seguinte:
“Pendilhe tem todo o aspecto do genetivo em illii de um nome latino Pand-ilius, Pend-ilius ou Pind-ilius, o qual provavelmente seria o nome de um antigo colono romano fixado na Lusitânia ou ainda de algum indígena que adoptou um nome latino.”

GAMA, Manuel Fonseca da. Terras do Alto Paiva,Memória histórico-geografica e etnográfica do concelho de Vila Nova de Paiva, Tip. Voz de Lamego, L.da. Lamego, 1940.



Estandarte


26 abril, 2006

Memória do Povo

A falta de estrutura, a falta de uma visão mais objectiva em relação a cultura, a falta de verbas e o impasse na realização de projectos na área patrimonial são, actualmente, o maior obstáculo para a preservação da memória de um povo.
Numa sociedade cada vez mais mediática, onde o passado é cada vez mais esquecido e desprezado, torna-se urgente realizar algo para evitar uma perda irreparável da memória do povo.
O resultado deste Blog é fruto de um trabalho conjunto de desenvolvimento de teorias e métodos com colaboradores oriundos de diferentes áreas do conhecimento voltados para as discussões sobre o vasto Património Cultural de Pendilhe.
Neste Blog estarão presentes temas sobre arqueologia, antropologia, história, etnografia e sociologia. Bem como, rituais, comemorações, lendas, mesinhas, etc. Enfim, tudo que esteja relacionado com as manifestações culturais do povo Pendilhense
Entendendo a memória social como um fenómeno complexo, construído colectivamente, que se manifesta nas representações, rituais, comemorações, textos, instituições e outras manifestações da cultura e da sociedade, se faz necessário o estudos sobre as configurações de patrimónios como práticas sociais que visam a indexar e a representar fragmentos da memória social.
A dimensão visual do património (tangível e intangível); a Imagem, alegoria e símbolo em rituais e performances, o Património Ambiental e paisagem enquanto referências visuais, postais, ruínas, vestígios, rituais, sinais e inscrições, narrativas, Imagens efémeras e perenes também são objectos presentes neste estudo.
Em cada local, as tradições possuem características peculiares que dão "relevância" e "significado" cultural importantes a nível nacional ou até mundial. Essa importância é definida pela descoberta de dados de ocorrência única ou que colaboram com o avanço das ciências aliadas ao património cultural. Portanto, a destruição do património cultural, em qualquer lugar, significa uma perda para a própria história do povo português e da Europa.

23 janeiro, 2006

Brevemente

Brevemente uma nova atracção.
Um local destinado a divulgação e a preservação da memória de uma terra chamada Pendilhe.

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